terça-feira, 29 de junho de 2010

Como se não houvesse o amanhã.

Enfim, mais um dia daqueles, onde tudo parece estar errado e fora do lugar. Quando as coisas parecem muito mais difíceis do que elas realmente são. Sabe quando você sente que nada está dando certo, e sente vontade de encarnar numa samambaia? Não necessariamente isso, mas qualquer coisa que seja inanimada. Só pra poder pensar mais em você do que nas pessoas, ou apenas para ficar em silêncio consigo mesma, sem ouvir outras vozes a não ser a do seu coração.
Acordei assim hoje, sentindo falta de tudo, de qualquer coisa, ou apenas, sentindo falta de mim mesma. Às vezes, tenho a péssima impressão de que as pessoas ao meu redor não estão felizes, e julgo ser minha a culpa de tal infelicidade. Não dá pra entender como dias assim estão fazendo parte dessa minha vida, que talvez seja tão agitada ou tão monótona, dependendo do ponto de vista alheio.
Pensando bem, não deveria me preocupar tanto assim com a felicidade das pessoas, afinal, hoje em dia, ninguém se preocupa com ninguém, e só sabem olhar para o próprio umbigo. Muitas coisas me fizeram pensar no que anda acontecendo à minha volta, principalmente alguns fatos que ocorreram durante essa semana que passou. Percebi que muitas pessoas só vêm o que querem ver, julgando estarem certas por quaisquer argumentos que existam a seu favor, não se importando com as verdades que fazem questão de se esfregar na cara de alguém. É tão engraçado quando você para, em meio ao circo que se forma em sua volta, e olha com mais vontade as coisas que estão acontecendo, você percebe que não faz sentindo o que dizem, o que falam, ou simplesmente, o que inventam sobre você. Entretanto, você percebe também que não faz sentindo você revidar qualquer provocação por simples capricho, ou porque você tem a absoluta certeza de que você está certa, quando apenas seus amigos concordam com você. Mas é impressionante a maneira de como as pessoas insistem em dizer coisas que, se você realmente pensar, não vão dizer nada do que é certo. Mas assim fica muito cômodo, não é? Enxergar apenas o que você quer, e não o que acontece ao certo.
Tá ai uma coisa que me irrita profundamente: essa tal capacidade que as pessoas têm de se tornarem fúteis, achando que o certo mesmo é ferir os sentimentos das outras pessoas, para que elas sintam medo, receio ou apenas raiva. As coisas não são assim, e ninguém deve pisar em cima de ninguém para ter conforto próprio. Ninguém é melhor do que ninguém, e isso já foi comprovado. A diferença que existe está na mentalidade das pessoas. Mas é como eu já disse aqui, as pessoas vêm o que elas querem ver. E quando me chamam de criança, isso me faz pensar nos meus atos. E eu me pergunto: O que é ser adulto então? Provocar, ofender, magoar, fazer com que as pessoas sintam-se mal, passar por cima dos sentimentos alheios por capricho, ser hipócrita? Bom, se isso for ser adulto, desculpem-me, eu nunca quero crescer.
Acho que já passou da hora de as pessoas perceberem que o mundo não é fácil, e que se você tentar magoar alguém pra subir, mais cedo ou mais tarde, você vai cair. Já passou da hora de deixar para o passado essa ideia de antropocentrismo, e perceber que precisamos uns dos outros para qualquer coisa que seja. Está na hora de mudar, para perceber as mudanças do mundo e para fazer com que as pessoas ao seu redor mudem também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário